Ela leu as linhas da manchete do jornal enquanto deslizava os dedos pela tela do celular. Eles não sabiam. E nem tinham como saber, pois todos eles tinham mentido para a polícia há um ano atrás.
A garota ainda se lembrava como se tivesse acabado de acontecer. Heather e Ana ali, seu irmão mais velho, Brian, e Trevor, Dan, Rick, Maya, Daisy e ela. Os amigos quiseram brincar com Heather, que era a fim de Trevor; fazer um vídeo e enviar para toda a turma ver. Não deu muito certo, é claro. Foi só uma brincadeira, Nancy, eles disseram. Uma brincadeira que custou a vida de duas irmãs e o resto da sanidade de Brian.
Heather percebeu que estava sendo filmada e saiu correndo, chorando. Eles tentaram impedir Ana, mas ela decidiu seguir a irmã e encarar uma forte nevasca naquela noite. As montanhas Blackwood eram famosas pelo forte inverno e os chalés de esqui, com os quais a família Watters fazia sua riqueza. Haviam tido mais desaparecimentos pelas montanhas, alguns mais antigos e intrigantes. O lugar tinha uma lenda e história peculiar, como o dramático resgate de um grupo de mineradores que ficaram vários dias presos nos subsolos das montanhas nos anos 50 e foram tratados em um sanatório que ainda existia ali, mas toda a história ainda tinha um ar de mistério e não se sabia ao certo o que foi feito deles naquele lugar. No dia em que Heather e Ana desapareceram, Nancy jurou ter visto um homem estranho; um homem que diziam ter jurado vingança contra a família Watters.
Brian havia juntado o grupo novamente para passarem aquele fim de semana juntos. Heather e Ana iriam querer isso, alegou ele. É claro que ele pensava assim. Ele também não sabia de toda a verdade.
Nancy olhou para o relógio. Já eram quase duas da manhã; cerca de 4 horas para amanhecer e ela não sentia nem um pouco de sono. O grupo havia se dispersado e Brian insistia em se demorar só para consertar um aquecedor velho.
一 Brian? Brian! Será que vou poder tomar meu banho antes que amanheça? 一 ela gritou; sua voz ecoando pela sala. Como não houve resposta, ela se levantou suspirando e foi até o porão dos Watters, que estava frio e escuro como o resto do enorme chalé. Ela ligou a lanterna do celular para se guiar melhor. Quando chegou no porão, ela parou. O aquecedor estava ligado e funcionando, mas nenhum sinal do amigo. 一 Brian! 一 gritou mais uma vez. 一 Para de se esconder! Isso não é engraçado! 一 Ela apenas parou para mirar a lanterna ao redor e escutar os estalos e rangidos do lugar.
Seu coração deu um salto e quase saiu pela boca quando alguém bateu na janela de vidro atrás dela. Um homem, desconhecido, que batia insistentemente, como se chamasse a atenção dela para alguma coisa.
一 Mas que merda…? 一 murmurou ela.
O homem começou a forçar a janela a abrir e foi nesse momento que ela correu.
Ofegante e aos tropeços, ela conseguiu voltar até a sala, onde se deparou com Trevor e Maya também tentando entrar. Ela abriu a porta sem delongas e começou a dizer:
一 Tem um homem estranho no chalé e o Brian sumiu e… 一 ela recuperou o fôlego e só então reparou nos amigos: ambos ensanguentados, com o semblante aterrorizado, os rostos sujos e os cabelos emaranhados, e Maya tinha lágrimas secas nas bochechas. 一 O que diabos aconteceu?!
Trevor engoliu em seco.
一 Brian está morto, Nancy.
一 Tem um maníaco na montanha! Ele retalhou o Brian na nossa frente! Cortou ele no meio! 一 Maya atropelou as palavras, desatando a chorar de novo.
一 O quê?! 一 o celular tremeu na sua mão. 一 Mas ele estava aqui… e vocês? E onde estão os outros?
Eles se entreolharam um pouco envergonhados.
一 A gente estava… indo para a cabana que o Brian indicou. Daisy voltou com Rick para buscar umas coisas que ela deixou no carro e Dan deve ter se perdido por aí 一 disse Trevor.
一 Eu vi um cara estranho agora há pouco no porão 一 contou Nancy.
O trio se entreolhou em silêncio.
一 A gente precisa de ajuda! 一 disse Maya, desesperada.
一 A nevasca tá muito forte 一 observou Trevor, olhando lá fora como se de alguma forma eles pudessem escapar. 一 Talvez a única alternativa seja a gente esperar aqui até amanhecer.
Mas tudo o que Nancy conseguia pensar era que Brian estava morto, eles estavam sozinhos com um assassino naquela montanha e rodeados de neve por toda parte. Os demais estavam lá fora e eles não poderiam arriscar sair e se perder, ou pior – dar de cara com aquele maníaco.
一 O rádio 一 Nancy soltou de repente.
Trevor franziu o cenho para ela.
一 Rádio?
一 A torre de rádio! Não é muito longe daqui! 一 lembrou ela quando havia visitado o quarto de Brian e tido um vislumbre de um dos mapas da montanha que o amigo estranhamente parecia colecionar.
一 Talvez a gente possa pedir ajuda! Alguém tem que escutar! 一 concordou Maya, esperançosa.
Nancy foi tomada por um ímpeto repentino e correu até o quarto de Brian, arrancando o mapa, dobrando-o e entregando-o a Maya.
一 Vocês vão até a torre e eu fico aqui, para caso os outros voltem.
一 Não, Nancy! E o assassino? 一 Trevor quis saber.
Ela engoliu em seco.
一 Não se preocupem comigo. Vou me trancar aqui e não vou abrir a porta para ninguém a não ser um de vocês. 一 Ela parou, observando o semblante incrédulo dos amigos e soltou um suspiro confiante. 一 Vai ficar tudo bem. Vocês precisam ir logo. Se encontrarem mais alguém do grupo, digam para virem para o chalé. Vão!
Trevor agarrou a mão de Maya e ambos saíram do chalé com cuidado. A garota apertava a mão do rapaz com força e só a soltou para abrir o mapa. Apesar da neve e do frio, suas palmas suavam e seus casacos não pareciam surtir efeito nenhum contra o vento cortante e congelante. Seus tênis faziam um som como se mastigassem a neve, enquanto afundavam seus pés na neve fofa, que os cobria completamente. Suas respirações ofegantes saíam de suas bocas em jatos esbranquiçados e eles espremiam os olhos para tentar enxergar algo em meio à nevasca.
一 Por aqui! 一 Trevor disse ao avistar a estrutura da torre de rádio; já com o mapa em mãos àquela altura. Maya esfregou os braços para espantar os arrepios provocados pelo frio e uma estranha sensação de que eles estavam sendo observados.
一 Trevor… eu estou com medo… 一 murmurou ela com os dentes batendo.
Ambos quase caíram na neve e tropeçaram um no outro ao serem tomados por um susto quando uma luz se acendeu repentinamente acima deles.
一 Merda! A torre tem sensor de movimento… 一 deduziu Trevor, já puxando Maya até uma escada que levava à cabine da torre. Ambos subiram ao mesmo tempo que eram atingidos de leve pela ventania da nevasca. Era impressão de Maya ou ela parecia mais forte e mais fria naquela noite?
Ela abriu uma espécie de portinhola e, assim que Trevor entrou, ele a trancou com uma fechadura em forma de ferrolho. O casal olhou ao redor e logo se deram conta de que há tempos parecia que alguém havia ido ali. Em um dos armários, Trevor encontrou uma espingarda. Maya vasculhou alguns papéis e viu recortes de notas de desaparecimentos e relatos de aparições estranhas na montanha.
一 Aqui! 一 a garota sorriu quando finalmente se deparou com o rádio. O aparelho parecia meio velho, desgastado e inutilizável, mas era a única esperança que eles tinham. Ela tentou mexer nos botões, ajustar a frequência, mas o rádio não deu qualquer sinal de vida. 一 Olá? Alguém me escuta? Por favor! Precisamos de ajuda! 一 implorou. 一 Alguém aí?
Ela foi tomada pelo desespero e girou o botão de frequência mais uma vez.
一 Por favor!
一 Não é possível… 一 murmurou Trevor, angustiado.
O rádio chiou quando Maya encontrou um sinal.
一 Alguém pode me escutar? Precisamos de ajuda!
Então o rádio chiou mais uma vez e uma voz masculina grave ecoou do aparelho:
一 Alô? Tem alguém tentando nos contatar? Câmbio!
一 Ah, meu Deus! 一 Maya colocou a mão no peito, aliviada. 一 Por favor, ajuda a gente!
一 Alô? Aqui é da guarda florestal do parque 一 o homem disse novamente. 一 O sinal não está muito claro. Por favor, identifique-se e repita a mensagem. Câmbio!
A garota tomou fôlego.
一 Meu nome é Maya! Nós estamos presos na montanha Blackwood e tem um assassino aqui atrás da gente! Por favor, vocês têm que nos ajudar!
O rádio chiou.
一 Senhora, por favor, pode… repetir… o sinal… não está…
一 Merda! 一 xingou Trevor.
一 Por favor, mande ajuda! Eu e meus amigos estamos presos na montanha Blackwood e estamos em perigo! Precisamos de ajuda e tem um maníaco à solta! Por favor, vocês tem que ajudar a gente! Olá? Conseguem me ouvir? 一 Maya berrou para o aparelho; sua garganta ardendo.
De repente, a luz de sensor de movimento se acendeu lá embaixo e ambos foram tomados pelo horror.
一 Trevor…
一 Deve ter sido um cervo 一 ele tentou tranquilizá-la; nem mesmo ele acreditando naquilo por um segundo.
O rádio chiou mais uma vez.
一 Entendido, senhora 一 foi a resposta do guarda florestal. 一 Não saia da sua posição. Enviaremos uma equipe de resgate assim que a tempestade passar. Câmbio.
一 O quê?! Mas isso em quanto tempo?
O rádio chiou com a resposta:
一 Ao amanhecer. Não antes de amanhecer. Sinto muito. Câmbio.
De repente, alguém começou a bater e forçar a portinhola pela qual eles haviam entrado com uma força absurda e o casal pensou que, quem quer que fosse, iria entrar. Instintivamente, Trevor se colocou à frente de Maya, que agarrou seu braço. Para a surpresa de ambos, as batidas cessaram e o invasor pareceu ter desistido, descendo as escadas, mas com passos rápidos demais para um humano.
一 Vamos voltar para o chalé, AGORA! 一 Trevor agarrou Maya e abriu com cuidado a portinhola, ajudando-a a descer.
Ambos alcançaram a floresta e começaram a correr. Silvos e grunhidos inumanos ecoaram através das árvores ao redor deles. Trevor começou a cogitar seriamente se era mesmo um assassino que estava atrás deles – um assassino humano. Ele se lembrou das passadas ritmadas demais para um humano que havia escutado minutos antes. O casal escutou um guincho mais alto dessa vez. Estava mais perto deles, assim como o chalé. Maya acabou tropeçando nos próprios pés e caiu na neve. Trevor parou e voltou para ajudá-la, e foi quando ele viu.
Havia uma criatura diante deles. Alta, esquelética, com a pele cinzenta esticada, os dedos e unhas longas, usando trapos rasgados; o rosto era fino, com olhos negros esbugalhados e dentes afiados manchados de sangue.
Congelada pelo terror, Maya gritou horrorizada ao ver o que aquele ser segurava: Dan, completamente banhado em sangue, seu corpo envergado como o de um boneco pela força com a qual a criatura o apertava, e com uma ferida grotesca em carne viva que vertia sangue sem parar em seu pescoço.
Ele os encarou com o rosto pálido e lânguido:
一 So… socorro… 一 sua voz mal saiu como um sussurro.
Aquilo pareceu enfurecer a criatura, que soltou um guincho, jogou o corpo moribundo de Dan há alguns metros na neve e partiu para cima deles.
Maya sentiu um puxão no braço e se deu conta de que Trevor a guiava até o chalé. Ambos sentiam o coração martelar forte no peito e a criatura trotava atrás deles, ora marchando pela neve, ora escalando as árvores. Em determinado momento, aquela coisa sumiu, ao mesmo tempo que eles alcançavam a porta, batendo nela insistentemente. Quando ela foi aberta, o casal praticamente se jogou para dentro.
一 Fecha essa porta! Fecha essa porta! 一 Trevor dizia sem parar.
Eles finalmente notaram que Daisy havia aberto a porta. Atordoados, eles nem se deram conta de que ela havia voltado, juntamente com Rick. Os dois também estavam com as roupas sujas e abalados.
一 O Dan morreu! Ele tá morto! Uma… coisa pegou ele! 一 contou Maya aos prantos.
一 A gente viu também 一 revelou Daisy.
一 Espera, cadê a Nancy? 一 indagou Trevor.
Rick olhou com pesar para os amigos.
一 Vocês tem que vir aqui.
Eles adentraram a sala principal e se depararam com um estranho homem; alto, robusto, de meia idade, com uma cicatriz no rosto e cara de poucos amigos. Ele estava armado e também tinha um lança-chamas.
一 Quem é esse?
一 Tá tudo bem, Trevor 一 Nancy se pronunciou. 一 Ele quer ajudar a gente.
A sala foi preenchida pelo som da risada do homem.
一 Ajudar? Vocês realmente não entendem o que se passa nessa montanha, não é? É isso que dá quando um bando de moleques atrevidos não dão ouvidos aos mais velhos… 一 ele murmurou.
一 Nossos amigos estão mortos! 一 retrucou Nancy. 一 E mais cedo eu pensei que você fosse um maníaco tentando me matar!
O homem revirou os olhos.
一 Não quis assustar você, garota! Estava tentando alertar todos vocês do perigo que se colocaram ao voltarem para essa montanha amaldiçoada.
一 O senhor viu também, não é? Aquela coisa 一 Trevor o encarou e o estranho sustentou seu olhar.
一 Aquela coisa é um wendigo 一 revelou ele. 一 Um mal que assombra esse lugar há séculos. Vocês precisam se esconder até que amanheça.
一 Um o quê? 一 Rick franziu o cenho.
O homem suspirou, como se esperasse aquela pergunta.
一 Existe uma maldição na montanha. Uma que ressuscita os mortos daqueles que tiveram mortes trágicas nessas terras. O espírito maligno do wendigo irá se apossar deles e espalhar sua vingança no mundo. Não há nada nem ninguém capaz de detê-los, a não ser o fogo. Eles também não podem te ver se estiver parado. Vocês estarão mortos antes do sol raiar caso não se escondam.
一 Eu pedi ajuda pela torre de rádio 一 contou Maya. 一 Eles disseram que vão enviar um resgate!
O homem se armou com o lança-chamas.
一 Boa sorte esperando sentada enquanto os wendigos retalham você.
De repente, eles ouviram um estrondo. Uma das janelas laterais explodiu e dois wendigos entraram. O homem grunhiu e mirou no que estava mais perto, que pulou. O outro se adiantou para pular, mas Trevor atirou nele usando a espingarda que havia pego na torre de rádio, jogando-o longe, mas a arma escapou de suas mãos e escorregou para longe. O primeiro conseguiu se recuperar e foi na direção do homem, rasgando sua garganta com as unhas. Eles gritaram e o homem resfolegou, engasgando no próprio sangue enquanto caía lentamente no chão, pintando-o de vermelho.
Mais três wendigos entraram, chiando. Nancy, Daisy, Maya, Trevor e Rick tremiam ao mesmo tempo que davam passos lentos. Eles se entreolharam, cada um em um canto da sala, se lembrando das palavras do homem a respeito daqueles seres. “Fiquem parados”, Nancy murmurou em silêncio. Eles mal respiravam. Uma das criaturas se aproximou de Maya, que murchou.
一 Ei! 一 Trevor gritou e o wendigo foi para cima dele, que voltou a ficar imóvel, saindo do campo de visão da criatura.
Nancy olhou ao redor em busca de uma saída. Um dos wendigos foi até ela, mas a garota apenas fechou os olhos e sentiu o hálito fétido da criatura enquanto ela chiava na sua cara.
Ela conseguiu se movimentar e abrir a porta, se escorando em uma parede em seguida. Ele olhou para Trevor e viu que havia uma lâmpada perto dele. A jovem fez sinal indicando o objeto e fazendo um movimento com a mão para que ele quebrasse o vidro. Fogo. Fogo queima os wendigos, ela se lembrou. Mas como eles iriam poder usá-lo? O lança-chamas estava inalcançável e nada prático àquela altura. Eles precisavam de algo mais.
Trevor cerrou os dentes e quebrou a lâmpada, o que atraiu as criaturas. Nesse meio tempo, Rick e Daisy correram para fora. Os wendigos sentiram a movimentação, mas não podiam mais os ver. Dois deles começaram a brigar com unhas e dentes, como animais. Um deles, mais corpulento, agarrou o derrotado e o jogou na direção da lareira, e seu corpo colidiu e arrebentou o cano de distribuição de gás do chalé. Nancy precisava que Maya e Trevor saíssem em segurança, para então ela pôr em prática sua ideia.
一 Aqui! 一 ela murmurou e se aproximou mais da porta. Os wendigos foram até ela, mas a garota finalmente se escorou para mais perto da porta, e eles a perderam de vista. Ela acenou com a cabeça para os amigos e Maya e Trevor seguraram as mãos e saíram do chalé.
Agora só restava ela.
O cheiro de gás impregnou o ar e os wendigos a caçavam com os olhos afiados e assassinos. Ela ainda precisaria percorrer alguns passos para sair dali e não tinha mais como distrair as criaturas. Só restava uma saída: ela tinha que correr.
Nancy tomou fôlego e disparou a correr com toda a força de seus músculos, sentindo os wendigos atrás dela. Ela desviou, tropeçou e enfim alcançou a porta, para então esticar o braço e apertar o botão que ligava a lâmpada da sala. Uma explosão amarela se acendeu atrás dela enquanto labaredas de fogo preencheram o local, as criaturas eram incendiadas e lançadas por todos os lados ao mesmo tempo que tudo ao redor queimava e era consumido pelo fogo, e seu corpo era lançado para fora com o calor das chamas atrás dela.
Trevor a amparou e a arrastou para a neve e ambos observaram cinco névoas fantasmagóricas em formato de rostos demoníacos emitirem um grito suplicante ao mesmo tempo que se dissipavam no ar. O chalé se iluminou em chamas altas, que dominaram toda a estrutura, o que fez parecer a noite virar dia. Não, foi o que eles pensaram. O grupo franziu o cenho, estranhando uma luminosidade peculiar que não vinha das chamas. Vinha do céu, com um tímido e expoente sol que raiava no horizonte. Eles haviam sobrevivido até o amanhecer.
Exaustos, ensanguentados e congelados, ao longe, eles ouviram um barulho de helicóptero, que cobriu o sol de mais uma manhã por um segundo à medida que se aproximava deles.
一 Espera… 一 eles ouviram a voz de uma mulher que parecia falar ao rádio. 一 Parece que estou vendo alguma coisa. Acho que temos sobreviventes. Hora do resgate.